No começo de seu governo, a administração de João Dória fez o anúncio do Projeto Novo Rio Pinheiros.
O principal objetivo é diminuir o esgoto que é lançado em afluentes, para assim aprimorar a qualidade das águas e revigorar as margens do rio, que sofre com grande poluição.
Além disso, esse programa também conta com cinco unidades de recuperação da qualidade da água onde é retirado o esgoto direto dos córregos.
Continue lendo este conteúdo para entender melhor sobre o assunto!
O curso de água responsável por banhar a grande cidade de São Paulo, no estado de São Paulo, é o Rio Pinheiros.
Este curso d’água nasce do encontro entre o rio Guarapiranga com o rio Grande e deságua no rio Tietê.
Até o início do século anterior, o Rio Pinheiros era um cenário perfeito para um passeio de domingo de muitas famílias de SP.
Banhistas e pescadores reuniam-se às margens desse rio que, não só servia para atividades de lazer, como também colaborava para o desenvolvimento econômico e industrial da cidade.
Isso porque, as embarcações de café que marcaram o progresso da capital, circulavam pelo rio.
No entanto, com o passar do tempo, o Rio Pinheiros tornou-se completamente poluído.
A quantidade de lixo carregado para os rios durante as épocas de chuva é imensa.
Mas, as chuvas não são as únicas responsáveis por poluir o rio, há muitos outros fatores que contribuíram para a poluição do Pinheiros.
Além da própria população lançando os seus lixos, fábricas e caminhões costumavam despejar entulhos e produtos químicos nas águas do Rio Pinheiros.
Bem como municípios vizinhos que usavam os rios de São Paulo para se desfazer dos próprios esgotos.
Um dos melhores exemplos de revitalização de cursos d’água do Brasil está ocorrendo agora no Rio Pinheiros, em São Paulo.
A iniciativa lançada pela Sabesp e pelo governo estadual sob a direção da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente tem como intuito devolver a vida ao rio.
Além de melhorar a qualidade de vida dos moradores ao redor da bacia.
Eles passaram a ter condições de vida mais adequadas à habitação graças à instalação de sanitização nos bairros e comunidades.
O trabalho está sintonizado com a propagação das práticas ESG (Ambiental, Social e Governança).
Isso faz com que a atenção se volte a uma série de questões ambientais, incluindo a importância da recuperação da qualidade dos rios.
Essa iniciativa ganhou força ao redor do mundo e já foi implementada no Texas (EUA), Liverpool (Inglaterra), Paris (França), Atlanta e Nova York (EUA), Copenhague (Dinamarca). E, agora, no Brasil, com a atuação da Sabesp em Novo Rio Pinheiros.
O rio conta com 25 km de extensão e tira água de uma bacia de 271 km2 em uma região que abriga cerca de 3,3 milhões de pessoas.
De acordo com a Sabesp, o intuito do Novo Rio Pinheiros é restaurar esse símbolo da cidade de São Paulo através da colaboração de vários órgãos públicos.
O objetivo da Campanha é aprimorar a qualidade da água do rio e integrá-lo totalmente à cidade até o final de 2022.
Diminuindo o esgoto em seus afluentes e atendendo a população local.
Através desse programa, a Sabesp já conectou 593,8 milhões de domicílios ao sistema de tratamento do esgoto, representando 111% da meta de 533 mil domicílios.
Isso indica que, 1,6 milhão de pessoas – aproximadamente a população de Porto Alegre ou Recife – agora terão seus esgotos encaminhados à RMSP para tratamento.
A iniciativa ainda envolve a remoção do lixo do rio, com os últimos dois anos vendo a remoção de mais 24 mil toneladas de material despejado em Pinheiros, em sua grande maioria plásticos.
Esses afluentes estarão limpos de esgoto e não contribuirão mais com a poluição do Rio Pinheiros.
Para que um dos cartões-postais da cidade de São Paulo seja preservado ambientalmente e o rio esteja em boas condições para que as pessoas visitem suas margens e desfrutem do ar livre nas suas imediações.
Máquinas pesadas trabalham continuamente no projeto de limpeza e restauração do Rio Pinheiros. Toda vez que move a retroescavadeira, retira uma grande quantidade de lixo e sedimentos que antes estavam no fundo.
Depois de remover, se coloca o sedimento ali ao longo das margens do rio, onde fica por três a quatro dias enquanto seca, antes de transportar para o aterro.
Desde 2020, já coletaram 737 mil metros cúbicos de sedimentos e 73 mil toneladas de lixo do Rio Pinheiros.
Aproximadamente 12% do lixo em toda a cidade retirado de lá.
Um grande esforço está sendo feito para restaurar um rio que serve como símbolo de São Paulo.
Quem anda de bicicleta nas margens do Pinheiros apoia a iniciativa, mas percebe à distância que ainda há muito a ser feito.
Para ter menos odor, deve haver menos esgoto no rio.
624 mil imóveis que antes jogavam esgoto direto no Rio Pinheiros, agora estão conectados à rede de coleta.
Isso equivale a cerca de dois milhões de pessoas que atualmente têm seu esgoto tratado.
O material pode percorrer dois caminhos diferentes, dependendo da região.
Nos casos em que ocorrem moradias regulares, os resíduos saem das residências e são transportados por um coletor subterrâneo para a estação de tratamento.
O esgoto recebe tratamento lá e depois vai parar no rio sem colocar em risco o meio ambiente.
O esgoto, por sua vez, sai das residências e vai direto em um córrego, em locais irregulares ou comunidades de difícil acesso onde os ocupantes não deixaram espaço para a instalação dos coletores.
Em seguida, esse córrego é desviado para uma Unidade Recuperadora, que o limpa e devolve a água tratada no mesmo canal, que posteriormente deságua no rio.
O esgoto entra em uma tubulação no bairro Cidade Ademar e percorre 30 quilômetros e meio antes de chegar à estação de tratamento de Barueri, onde o material recebe tratamento e depois vai parar em Pinheiros.